Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) pensaram
sobre o assunto e, para ajudar a resolver essas questões, lançaram o
Trash Track, um sistema de chips eletrônicos especiais que acompanham
diferentes tipos de resíduos em seu caminho pela rota de descarte.
O projeto foi apresentado pelo professor Carlo Ratti, coordenador da
pesquisa, durante o Seminário SP+Limpa realizado pela Rede Globo e pela
Universidade de São Paulo (USP)."Concluímos a primeira fase e agora
estamos focados em resolver dúvidas referentes ao descarte de aparelhos
com tecnologias antigas", diz Ratti.
Por meio do rastreamento, é possível revelar a logística da eliminação
do lixo e assim identificar as ineficiências desse processo. "A
transparência pode estimular as pessoas tomarem decisões mais
sustentáveis sobre o que consomem e como isso afeta o mundo em torno
delas", explica o diretor associado do laboratório, Assaf Biderman.
Os primeiros testes foram aplicados na cidade de Seattle, nos Estados
Unidos. O resultado mostra que um celular demora em média 40 dias e
percorre a distância de quase um quillômetro para chegar até o local
correto de reciclagem.
Para Ratti o projeto influencia de forma positiva a vida das pessoas e
também nas políticas públicas de coleta de lixo. "Informações geram
mudanças de comportamento", conclui.
O seminário contou também com a presença de Maria Cecília Loschiavo,
professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, que realiza
pesquisas sobre o trabalho de catadores e cooperativas de lixo; Jorge
Alberto Soares Tenório, diretor do Centro Multidisciplinar de Estudos em
Resíduos Sólidos da USP; Patrícia Iglecias, professora da Faculdade de
Direito da USP; e Sabetai Calderoni, presidente do Instituto Brasil
Ambiente e Instituto de Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: empreendedorsocial
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