Enquanto no Brasil se discute em qual tipo de fonte de energia investir para suprir a demanda de energia do país no médio prazo – por meio de usinas hidrelétricas, eólicas, solares, biomassa, térmicas ou energia nuclear –, o governo federal do México colocou em prática uma medida mais simples para diminuir o consumo de energia: uma campanha nacional de troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes.
O programa Luz Sustentable, como é chamado, já viabilizou a troca de 23 milhões de lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Um recorde que acaba de ser reconhecido pelo Guiness, o livro dos recordes.
Para participar, os cidadãos tiveram de se dirigir a um dos mais de mil pontos de trocaespalhados pelo país, apresentar sua conta de luz e um documento de identidade e levar quatro lâmpadas incandescentes para receber em troca, gratuitamente, quatro lâmpadas fluorescentes.
O programa entra agora na segunda fase com um novo estímulo: quem cumprir as regras receberá oito lâmpadas fluorescentes, ao invés de quatro. Aqueles que não tiverem lâmpadas para trocar ou que já tiverem feito sua primeira troca não sairão de mãos abanando: levando a conta de luz, ganharão quatro lâmpadas eficientes. Dessa forma, o governo mexicano pretende atingir a meta de distribuir 40 milhões de lâmpadas fluorescentes.
Para despertar o interesse da população pela mudança, o governo vem enfatizando a economia de energia e de dinheiro: até 77% de redução no consumo de energia por lâmpada de 100 watts que for substituída por uma fluorescente de 23 watts. Além disso, as fluorescentes duram dez vezes mais que as convencionais. A economia na conta de luz das 5,5 milhões de famílias que participaram até agora da campanha já chegou a 18%.
Para o governo e para os fabricantes de lâmpadas, como a Philips, também é um tremendo negócio. Até agora, o Luz Sustentable já permitiu ao México economizar 1,4 GWH de energia. As emissões de gás carbônico, que provocam o aquecimento do planeta, também caíram em 700 toneladas – equivalente às emissões de aproximadamente 300 mil carros em um ano.
Fonte: Época Negócios
Nenhum comentário:
Postar um comentário