A busca das empresas para a adoção de práticas sustentáveis deixou de ser uma utopia e só tende a crescer nos próximos anos. A tendência já pode ser verificada neste momento, em que as companhias buscam não só adotar a sustentabilidade como forma de proteção de valor, mas também como agregação de valor.
- A agenda veio para ficar e não é apenas um modismo - destaca Marcos Egydio (foto), sócio da consultoria Gestão Origami, empresa especializada em apresentar soluções de gestão de negócios com um vetor de atuação baseado no conceito de sustentabilidade.
Ele lembra que, no entanto, o primeiro movimento deve se consolidar.
- Não há empresa verde que opere no vermelho - cita.
Isso significa que, para grande parte das companhias, é preciso primeiro focar a gestão dos negócios para e buscar as práticas sustentáveis como uma proteção do valor, minimizando os riscos. O segundo estágio envolve identificar as oportunidades de forma a agregar valor.
- Primeiro vem a questão econômica e depois as socioambientais. O assunto entrou na sociedade para valer. Os consumidores estão exigindo e as empresas estão prestando atenção nisso - resume Egydio.
A constatação é de que o presente e o futuro das empresas, e dos negócios, passam pela incorporação da sustentabilidade de forma transversal em seu posicionamento, produtos, serviços e processos de gestão, adicionando valor para todos os grupos de interesse (stakeholders).
A Gestão Origami conta com mais de 30 sócios das mais distintas áreas. Os criadores da empresa são oriundos de diversos segmentos, como financeiro, industrial, comunicação, aviação e terceiro setor. A empresa propriamente dita é recente, foi criada em junho de 2009, mas seu diferencial está justamente na experiência e know-how de seus executivos. Um dos diferenciais está no modelo de atuação, em que os clientes se beneficiam da multiplicidade de visões e do conhecimento compartilhado dos sócios, graças à rede composta por seus integrantes. Eles usam suas experiências e conhecimentos, de maneira coordenada e interdependente, para produzir resultados que incorporam distintas visões.
O executivo lembra que quando começou a atuar na área, a sustentabilidade era vista como uma utopia.
- Eu era visto como um idealista romântico. Isso mudou. A busca só tende a crescer. Estamos passando por uma revolução - declarou.
Egydio, ao longo de 20 anos, vem atuando em questões de meio ambiente e sustentabilidade em empresas de agronegócios e cosméticos, foi responsável pelas iniciativas em meio ambiente em empresas como Sabesp, Natura, Fundação Florestal da Secretaria do Meio Ambiente e no Instituto Ecofuturo (Grupo Suzano). Formado em Engenharia Agrônoma, possui também Executive e Global MBA.
Com toda sua experiência, a sustentabilidade não permeia somente a vida profissional de Egydio, mas também a sua pessoal. Ele pratica corrida e está se preparando para participar de uma meia maratona. O consultor também se tornou vegetariano e busca consumir apenas produtos orgânicos.
Fonte: Monitor Mercantil Digital - Ana Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário