1 de out. de 2012

Crime organizado explora 90% das florestas e lucra até US$ 100 bilhões ao ano

O relatório “Carbono verde: Comércio Negro”, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Interpol, afirma que 90% da exploração madeireira nas florestas tropicais do mundo são realizadas por facções do crime organizado. O estudo foi focado na Amazônia e nas selvas da África Central e do Sudeste Asiático.





O documento também estima que a extração ilegal de madeira responda por 15% a 30% do comércio global, podendo movimentar até US$ 100 bilhões ao ano. No estudo, a Interpol e a PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) descrevem os 30 métodos mais utilizados pelos criminosos para praticar a atividade clandestina. As táticas vão desde a falsificação de licenças de corte até a invasão de sites do governo para alterar as regulamentações ambientais.

A ONU e a Interpol relacionam o corte ilegal de árvores na floresta amazônica à atividade agropecuária na região. Segundo a PNUMA, a criação de gados responde por até 70% do desmatamento na Amazônia Legal. Em linhas gerais, o relatório conclui que, se as nações não tomarem medidas efetivas contra os crimes ambientais, os cartéis continuarão a dominar as florestas. Entretanto, o principal objetivo do relatório é fazer com que as instituições cobrem iniciativas dos governos para combater os crimes cometidos contra os indígenas que vivem nessas matas.

O centro GRID-Arendal, controlado pela Interpol e pela PNUMA, criou o projeto-piloto LEAF (Aplicação da Lei de Assistência para Florestas), financiado pelo governo norueguês para desenvolver um sistema de combate aos crimes ambientais nas selvas. Além de agregar lucros altíssimos ao crime organizado, o desmatamento das florestas tropicais provoca 17% das emissões de CO2 do planeta – 50% maior do que o dióxido de carbono produzido pelos veículos, navios e aviões. Com informações da ONU.

Fonte: Ciclo Vivo

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