No Brasil, além da questão da redução do impacto ambiental, dificultada pelo uso intenso do modal rodoviário, temos condições únicas que têm comprometido as entregas nos grandes centros urbanos.
Essas condições abrangem a restrição de caminhões em áreas centrais, congestionamentos nas ruas e estradas, falta de segurança para transporte de cargas de alto valor, para citar as mais comuns.
Com o aumento do número de veículos nos grandes centros e a falta de políticas estruturais, a situação só tende a piorar, comprometendo assim o desempenho das empresas.
Aqui está mais um desafio para os Engenheiros de Produção e Tecnólogos em Logística: buscar soluções para entregas nos grandes centros urbanos, levando em conta a realidade local. Além de contribuir para o desenvolvimento sustentável, as inovações inteligentes para a logística do transporte têm grande poder de influência na lucratividade das empresas.
Como solução imediata, as empresas podem optar por alternativas já existentes como: redução de viagens por meio da realocação de atividades econômicas, que aproximará os pontos de consumo e trabalho. É necessária também a mudança para modelos ambientalmente mais eficientes de transportes populares como tarifas integradas para ônibus, trens urbanos e metrô, e o uso de bicicletas para entregas.
Além disso, é imprescindível o aprimoramento tecnológico dos veículos, visando economia de combustíveis e uso de fontes limpas para reduzir a poluição atmosférica e as emissões de gases de efeito estufa.
O meio ambiente é apenas o cenário das transições em prol do lucro. O legado lançado para as empresas é a lucratividade por meio de um modelo de transporte sustentável. Afinal, o lucro de nada serve se o grande objetivo não for a vida: eis a tarefa da sustentabilidade.
*Ivete Faesarella – coordenadora dos cursos de Gestão em Logística e Engenharia de Produção, da Faculdade Metrocamp
Fonte: INCorporativa
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