2 de set. de 2011

Embalagens: Inovação e Sustentabilidade

Nos dias de hoje, estar atualizado significa pensar em Sustentabilidade – a capacidade de utilizar os materiais sem agredir a natureza, preservando-a para as gerações futuras

A embalagem é um acessório do produto que envolve, protege e identifica. É ela quem se comunica com o consumidor. Para os profissionais responsáveis pelo seu desenvolvimento, o processo criativo passa por uma constante observação de tendências, um constante brainstorming em busca de novas ideias e inovação. O que se deve ter em mente durante este processo é que, para fazer sucesso, além de adequada às suas funções primárias, a embalagem deve ser prática e conseguir chamar a atenção do consumidor no ponto de venda.

Por exemplo, quais os processos criativos pelos quais passam aqueles perfumes de marcas famosas que tanto nos atraem a atenção? Devemos nos lembrar que eles nos atraem pela marca (ou pelo nome do estilista atrás dela) e pela apresentação, porque o aroma iremos conhecer apenas no ponto de venda. E que tal uma caixa de balas ou chocolates bem projetada, com as cores e o material certo? Não desperta nosso apetite?

Uma boa embalagem pode transmitir ousadia, carinho, paixão ou outros sentimentos arrebatadores e, finalmente, o desejo de compra. Mas, quando o consumidor final vê um produto exposto no ponto de venda, nem imagina todo o trabalho que está por trás de sua elaboração – e da embalagem que o protege e o torna mais atraente.

Entrando um pouco mais neste mundo das embalagens para entender melhor este processo de desenvolvimento, podemos dizer que muitas vezes um produto ou embalagem de determinado mercado pode servir de referência para o desenvolvimento de um produto ou embalagem de um nicho diferente; é necessário ter sensibilidade aguçada para perceber estas oportunidades.

Nossa missão é apresentar alternativas de embalagens ao Marketing, fazendo uma ponte entre as áreas de Marketing e Industrial, ajudando a transformar um desejo em uma realidade possível a um custo viável.

Dadas as diversas opções oferecidas pelo mercado e o ritmo acelerado de desenvolvimento do setor, é imprescindível que o especialista de desenvolvimento de embalagens esteja atualizado sobre estas opções, através da leitura de revistas especializadas e participação em feiras nacionais e internacionais, simpósios e cursos de atualização.
E, nos dias de hoje, estar atualizado significa pensar em Sustentabilidade – a capacidade de utilizar os materiais sem agredir a natureza, preservando-a para as gerações futuras –, pois o consumidor está mais atento e prefere produtos com apelo ecológico e sustentável. Assim, a embalagem deve causar o mínimo impacto ambiental e, para tanto, o ideal é que ela seja facilmente biodegradável ou, ainda melhor, que seja reciclável ou reutilizável, sem também desconsiderar o aspecto social.

Para atender ao quesito Sustentabilidade, surgem materiais recicláveis de baixo custo e baixo impacto, tanto na produção como no descarte. É possível obter resultados impressionantes com materiais muito simples, obtidos diretamente da natureza, sem ofendê-la. Infelizmente, materiais dela obtidos de forma sustentável ainda são pouco utilizados, apesar do grande diferencial que com eles se pode criar.

Exemplo de tais materiais é o capim dourado, originário da região do Jalapão, no estado do Tocantins, que, por sua cor (que lembra o ouro), dá origem a produtos de artesanato, semijoias e bijuterias muito apreciados, Há também os derivados da fibra e da palha da bananeira, que possui uma fibra altamente resistente e macia, textura única e possibilita múltiplas aplicações, seduzindo designers, decoradores e artistas plásticos dos mais diversos pontos do planeta.

No Vale do Ribeira, região que possui os mais baixos índices de Desenvolvimento Humano (IDH) dos estados de São Paulo e Paraná, observamos iniciativas que exploram o uso destes materiais e consideram o desenvolvimento sustentável, ou seja, buscam conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e a geração de renda para as comunidades produtoras.

Em resumo, o importante é estar atualizado, atento às inovações e às alternativas oferecidas pelo mercado e sintonizado com a Sustentabilidade. Um exercício de bom-senso e criatividade e, quanto mais se aprofunda nele, mais se podem encontrar resultados surpreendentes!

Fonte: INC

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