26 de jan. de 2011

TI verde na prática: é possível ser ecologicamente correto sem altos investimentos

Em 2010 o assunto veio à tona e certamente permanecerá no centro das discussões empresariais: como produzir a mesma coisa, ou ainda mais, sem agredir o meio ambiente? Como se tornar ecologicamente sustentável? O TI verde realmente existe? Sim, existe e foi apresentado por Fernando Martin e Fábio Hara da Microsoft, na sala Campus Verde, no centro expositivo da Campus Party 2011 no último sábado, 22 de janeiro.

“Sustentabilidade e TI verde abrem portas, mas muitas empresas tentam agregar à rotina e não sabem como”, diz Martin. Hara apresentou as duas vertentes de impactos que as empresas de tecnologia estão sujeitas: direto e indireto. O primeiro, por ser mais específico, precisa de mais atenção das empresas, o que não isenta a preocupação com os impactos menos prejudiciais.

O consumo de energia e água figuram entre os impactos diretos que mais influem no meio ambiente. A água, como exemplificado por Hara, pode ser reduzida na refrigeração do ar em datacenters. O descarte técnico e dejetos químicos também devem ser vistos com muito cuidado pelas empresas. Como consumo indireto de mais atenção, foi citado o desmatamento, em que o uso consciente de papel está diretamente ligado.

Colocando em prática

Manter uma empresa do porte da Microsoft com consciência ambiental não é tarefa fácil. Martin e Hara revelaram o segredo que a grande corporação conseguiu agregar à sua rotina para contribuir com o planeta. São três passos para o sucesso: redução, gerenciamento e repensar algumas práticas.

As telas de LCD realmente economizam energia frente aos velhos “tubos”. Hara até explica algumas práticas rotineiras que podem contribuir, sobretudo se a empresa contar com muitos funcionários. “Por exemplo, se reduzir o brilho da tela de 90% para 75% a percepção é mínima e a economia é de 18 watts para 16 watts”, diz.

Outra prática é a adoção de proteção de tela (screen-saver). Segundo Hara, uma proteção com animação chega a consumir 18 watts de energia, o mesmo que um dispositivo em funcionamento com 90% de brilho na tela. “Todas essas dicas podem parecer pequenas, mas se apresentadas como um projeto de redução do consumo de energia, podemos mostrar que TI pode ser verde”, afirma.

Outra função básica é o desligamento do computador. Se o monitor ficar em “gerenciamento de energia” (turn off display), gasta 0,9 watts por cada vez que a luz se acender. Já se houver a intervenção manual a desligar o monitor, o gasto chega a zero.

Em um computador, o que mais consome energia, de longe, é a CPU (46%). Os profissionais recomendam processadores mais atuais, pois quanto mais avançado, menos energia é gasta.

“A forma mais inteligente é a virtualização, pois várias máquinas estarão em apenas um hardware”, explica Hara. Para auxiliar as empresas sobre o que pode ser virtualizado ou migrado para outras versões de sistemas operacionais, a Microsoft disponibiliza varredura gratuita em todas as máquinas. Para baixar, basta acessar Microsoft.com/map. “Hoje, o desenvolvedor também pode ajudar no TI verde conhecendo e usando as ferramentas adequadas”, finaliza Martin.

Para mais dicas de como reduzir o consumo de sua empresa e deixá-la mais sustentável, acesse www.bit.ly/technettiverde.

Como tornar os datacenters mais ecológicos

A empresa conta hoje com seis datacenters espalhados em três continentes. O local de cada um é guardado a sete chaves. “Cada CPD tem 11,5 vezes o tamanho de um campo de futebol americano”, explica Hara. Para distribuir a refrigeração adequadamente, os profissionais aconselham que exista um estudo do fluxo de ar antes de inserir um ar condicionado.

Acrescentam ainda que, ao invés de grandes salas, um container consome menos do meio ambiente, e essa é a prática adotada pela empresa e por outras fabricantes do mercado. No futuro, a Microsoft pretende investir em CPDs ao ar livre, como um grande estacionamento, previamente preparados para suportar alterações climáticas.

Fonte: B2Magazine

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