3 de mar. de 2010

Entenda o que é Green Computing

Conforme o tempo passa, todos nós acabamos ouvindo a respeito de práticas mais “verdes” para todo e qualquer campo. Mais do que a reciclagem ou qualquer uma das práticas já bem conhecidas para conservar o meio ambiente, a tendência agora é exigir que empresas, produtos e marcas, por sua vez, adotem práticas verdes.

Ter uma empresa ecologicamente correta é parte do modelo conhecido pelo atrativo nome de “sustentabilidade”, que incluem também práticas socialmente justas e economicamente viáveis. Buzzword que tem tomado a cabeça de milhares de empresários e profissionais do marketing, o modelo já se tornou praticamente um diferencial de negócios. Dependendo da área de atuação, ser sustentável agora é chave. Uma das novidades mais recentes da área, porém, não tem a ver diretamente com os negócios da maior parte das empresas - seus computadores são sustentáveis?

É aqui que entra o Green Computing: uma série de práticas na área de Tecnologia da Informação, abragendo software, hardware e uso para que sua companhia gaste menos energia, polua menos e, por consequência, ajude a salvar o meio ambiente.

Na prática, são quatro pilares que ditam uma série de atividades - Green Use (“Uso Verde”), que é a redução do consumo de energia por computadores, assim como utilizá-los numa maneira saudável para o ambiente; Green Disposal (“Descarte Verde”), a reutilização e reciclagem de eletrônicos e seus componentes; Green Design (“Design Verde”), criação de computadores e derivados que funcionem com pouca energia e de maneira ambientalmente correta; e por fim Green Manufacturing (“Manufatura Verde”), a fabricação dos mesmos com impacto ambiental mínimo.

Internacionalmente, instituições governamentais e ONGs têm passado diretrizes para a produção e uso, gerando uma regulamentação forçada de certos aspectos de Green Computing. Mesmo assim, ainda há muito mais que pode ser feito. Fabricantes como Dell e Intel já vêm trabalhando em diversos esforços de produção. Algo que a maior parte não percebe de primeira, porém é um dos principais pontos de consideração, é que não apenas o hardware, mas o software também tem importância vital para termos computadores sustentáveis.

Um exemplo disso é o PowerTOP, software baseado em Linux que utiliza configurações para reduzir diretamente o número de watts usados pelo sistema. Parte do projeto Less Watts, este é mais um de uma nova geração de programas, guias e soluções que acabam salvando o ambiente e até mesmo seu bolso. As medidas não se limitam ao Linux - todos podem ajudar.

Mas como? Várias práticas para softwares sustentáveis estão sendo estudadas atualmente, e muitas se mostram promissoras. Há a conhecida como Virtualization, ou Virtualização, na qual utiliza-se apenas um servidor físico potente combinando diversos sistemas menores, reduzindo a quantidade de energia necessária para o mesmo número de sistemas. Similares a estes existem os Terminal Servers, que contam com um servidor central e diversos sistemas simples conectados como Clients. Nesse caso, o usuário utiliza o sistema operacional normalmente, mas todo o processamento fica para o servidor. Esse tipo de sistema tende a misturar software com hardware apropriado, mais simples chegando a reduções de 1/8 no consumo de energia.

Entrando no âmbito do uso de energia, atualmente praticamente todo tipo de hardware conta com softwares nativos para controle inteligente de energia, seja por fontes ou até mesmo o standby de monitores, impressoras e periféricos. Pesquisas apontam diversas especificidades: por exemplo, até mesmo o tamanho de um HD pode influenciar a quantidade de energia utilizada; já foi comprovado que HDs de 2.5 polegadas tendem a consumir menos energia por gigabyte que seus similares maiores. Como resultados como estes acabam se tornando diferenciais de venda, vale prestar atenção na hora da compra e fazer uma pesquisa anterior à decisão de compra.

A própria programação por vezes é a chave. Num sentido bem simples, se um algoritmo é eficiente, ele pedirá menos recursos ao computador, evitando que ele utilize mais recursos do que o necessário. Para sistemas operacionais, sempre podemos lembrar do caso do Windows, que geralmente é o mais atacado com acusações de gerar gastos. Seja isso verdade ou não, é fato que o Windows Vista introduziu ao sistema opções de gerenciamento de energia que, de acordo com a Microsoft, ajudariam o problema, por mais que outros apontem dúvidas nesse sentido.

O próprio Google já foi atacado no passado pelo físico Alex Wissner-Gross, de Harvard, que estimava que cada pesquisa feita nele fosse responsável por 7 gramas de CO₂. Felizmente, o gigante das buscas se manifestou publicamente e demonstrou que seus números, na verdade, correspondiam a 0,2 gramas por busca, em média, fazendo com que o físico admitisse seu erro em nota pública. Mesmo assim, vários projetos para versões da Google de menor uso de energia, com fundos pretos, já existem, como o Google Black, o Blacke e o brasileiro Pretog, nenhum deles com relação direta com a empresa.

Em todo caso, ainda existem vários fatores em desenvolvimento, que acabam sendo ajudados com guias e software feitos por terceiros. Mas o que você pode fazer? Se computadores fazem parte do seu negócio (e provavelmente fazem, atualmente), buscar qualquer uma dessas soluções é um ótimo começo. Empresas como a brasileira Green Computing prometem pacotes completos para tornar negócios sustentáveis, facilitando para aqueles que não conhecem tanto tecnologia, ou simplesmente não têm tempo para cuidar disso.

Várias pequenas dicas de uso também são ótimas soluções pra quem não quer gastar, e podem facilmente virar leis de uso para você e seus funcionários, como, por exemplo, não depender de standby de monitores ou screensavers - ambos ainda gastam energia, portanto é mais econômico desligar, caso não esteja usando.

Diversos guias na internet mostram opções do que fazer. A própria Universidade do Colorado disponibilizou a seus alunos uma série de dicas para colaborar com essa redução - você pode conferir o guia completo (em inglês) nos links abaixo.

Fonte: POPNews - 01.03.2010

Um comentário:

  1. O link do Pretog pra quem quiser acessar: http://www.pretog.com

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