Sem o público interno o movimento em prol da sustentabilidade jamais teria sido possível dentro do Grupo Santander Brasil, de acordo com Sandro Marques, gerente executivo de desenvolvimento sustentável da instituição financeira. “A mudança organizacional só acontece se o indivíduo mudar. Funcionário satisfeito acarreta em cliente satisfeito que gera resultados sustentáveis”, disse ele, que participou, no dia 9 de dezembro, em São Paulo, do último módulo do ensino a distância “Sustentabilidade na Prática – Caminhos e Desafios”, promovido em parceria com a FNQ. O evento encerrou o 4º Ciclo de Encontros FNQ, que em 2009 contou com 22 palestras, que mobilizaram cinco mil participantes.
Marques afirmou que existem três pilares que ajudam o grupo a engajar seus 53 mil funcionários: educação, comunicação e reconhecimento. “É preciso trazer o tema para o cotidiano dos indivíduos e estimular a visão sistêmica para que eles incorporem práticas sustentáveis na sua vida pessoal e profissional”, afirmou Marques.
O grupo utiliza diferentes ferramentas para estimular o indivíduo como um todo e atender aos diferentes estilos de aprendizagem: treinamentos presenciais; e-learning; visitas; coaching; e casos e vídeos. “Desenvolvemos ações simples, conectadas com o dia a dia e dentro da área de influência dos indivíduos, usamos linguagem universal, disponibilizamos acesso para todos nos cursos, provocamos reflexões nos diferentes papéis das pessoas e mostramos oportunidades de ação”, disse o gerente.
“Entre muitos aprendizados deste processo, destaco que a customização das práticas para os vários níveis e áreas faz a diferença; que é imprescindível capacitar os funcionários, consultores e fornecedores envolvidos no processo de educação, que demora, mas é mais efetiva para a verdadeira mudança cultural”, afirmou Marques.
Comunicação e reconhecimento
O gerente salientou que a comunicação é essencial para que as pessoas conheçam mais sobre o assunto, se sensibilizem e ajam na direção correta. “Temos alguns orientadores de forma e de conteúdo que nos guiam em toda a nossa comunicação. Só comunicamos o que já foi discutido, criado e consolidado nas diferentes áreas. A comunicação não cria algo novo para adicionar ao que foi produzido, maquiando problemas, ela apenas comunica da melhor forma o que existe”, explicou Marques.
Ele ressaltou que a comunicação nunca anda sozinha. “Ela não cria a cultura da sustentabilidade na empresa, não engaja as pessoas e não substitui a educação. A comunicação apenas informa”. Blog, intranet, newsletter e jornais são algumas ferramentas de comunicação usadas pelo grupo.
Reconhecer boas práticas e iniciativas em sustentabilidade visa estimular o protagonismo dos indivíduos. “Para reconhecer e incentivar novas ações, foi criado o prêmio de sustentabilidade e inovação, que oferece vouchers de viagens ou um curso em sustentabilidade. Existem outras maneiras, menos formais, de reconhecimento, como encontros com o presidente e exposição dos protagonistas em matérias ou campanhas de comunicação, entre outras”, afirmou o gerente.
Tatiana Assumpção
Fonte: Fundação Nacional da Qualidade
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