16 de out. de 2009

EE ajuda o meio ambiente e as finanças

Evitar desperdícios, melhorar processos industriais, aumentar a
competitividade das empresas e, ainda, ser mais barato do que expandir as
ofertas. Estas são apenas algumas das vantagens para as indústrias, empresas
e consumidores finais que optam por ações de eficiência energética em seus
cotidianos.
A afirmação é de Marco Antônio Donatelli, da Abesco, no 10º Encontro Internacional de Energia da Fiesp, ao debater eficiência energética
Evitar desperdícios, melhorar processos industriais, aumentar a competitividade das empresas e, ainda, ser mais barato do que expandir as ofertas. Estas são apenas algumas das vantagens para as indústrias, empresas e consumidores finais que optam por ações de eficiência energética em seus cotidianos. O tema foi tratado em painel do segundo dia do 10º Encontro Internacional de Energia da Fiesp e do Ciesp, nesta terça-feira (6).
Para um dos palestrantes do seminário Contratos de performance e financiamentos para projetos, o vice-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Conservação de Energia (Abesco), Marco Antônio Donatelli, o apoio público do governo é essencial, especialmente por meio do Congresso e da Aneel, para viabilizar condições eficientes.
“Ferramentas e maquinário fabricados, visando a eficiência energética não só no seu processo como na sua utilização, precisam ter encargos mais atraentes que as máquinas produzidas sem essa preocupação. Só assim estimularemos a redução das perdas de energia”, explicou o dirigente.
Segundo Donatelli, mesmo para aquelas empresas que têm dificuldade para aportar recursos com o intuito de instalar uma estrutura nesse formato, há o apoio de empresas de engenharia, especializadas em serviços de conservação de energia, as chamadas ESCOs (Energy Services Company).
“O trabalho das ESCOs é promover, por meio de contratos de performance, a eficiência energética e reduzir o consumo de água nas instalações de seus clientes. Nesse caso, o cliente não precisa investir, pois a remuneração das ESCOs se dá através de uma porcentagem da economia de energia gerada no projeto”, explicou.

Crédito
No encontro, o chefe do Departamento de Operações de Meio Ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Otávio Viana, apresentou as diversas linhas disponibilizadas para quem quer – por meio de contratos de performance e financiamento de projetos – tornar sustentável sua matriz energética.
“Além de beneficiar o meio ambiente, o BNDES evita com essas facilidades os desperdícios, melhorando processos industriais, postergando o investimento em geração etc.. Tudo isso garantindo um formato que é mais barato do que expandir oferta”, ressaltou Viana.
Linhas de apoio a projetos como esse (Proesco) são oferecidos para empresas de serviços de conservação (Escos), para usuários finais de energia e empresas de geração, transmissão e distribuição de energia.

Futuro
Já para o professor da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Jamil Haddad, a eficiência energética deve ser encarada como um negócio, tendo incentivos tributários via contrato de desempenho. "Deve ser tratado com uma questão cultural no meio empresarial. A visão da eficiência precisa ser consolidada com uma fonte de retorno de investimentos", concluiu.

Cases
Na segunda parte do painel, empresas que adotaram a eficiência energética como ferramenta de benefícios ambientais e de produtividade demonstraram seus cases de sucesso.
A rede de supermercados mundial Walmart foi uma delas. Após estabelecer metas de sustentabilidade em clima e energias, resíduos, produtos e pessoas, a gigante iniciou a prática de iniciativas sustentáveis em algumas de suas lojas, reduzindo o consumo de luz e água em suas lojas ecoeficientes.
"No supercenter da Granja Viana em São Paulo, por exemplo, reduziu em 15% o consumo de energia e 30% de água, com a aplicação 47 iniciativas de sustentabilidade", informou o gerente de energias institucional do Walmart Brasil, Sérgio Henrique Costa.
As iniciativas citadas por ele vão desde reutilização da água, modernização do sistema de refirgeração até estações de reciclagem montadas nos estabelecimentos, para recolher resíduos que os consumidores muitas vezes não sabem como se desfazer e acabam misturando com lixos orgânicos do dia a dia.
Organizações privadas, como a ArcelorMittal - Tubarão e Robert Bosch Ltda., e governamentais, como a Sabesp, também exibiram seus cases em eficiência energética.

Kacy Lin, Agência Indusnet Fiesp

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