2 de fev. de 2012

Outros porquês de a Vale ter sido eleita a pior empresa do mundo

A notícia de que a Vale foi eleita a pior empresa do mundo por mais de 25 mil pessoas dentro do prêmio “Public Eye People’s”, organizado pelo Greenpeace da Suíça e pela ONG Declaração de Berna, teve grande repercussão no nosso site e na imprensa em geral.

O principal argumento dado pelas organizações para a indicação da mineradora ao prêmio foi sua participação no consórcio de empresas que construirão a usina de Belo Monte, no Pará. A Vale recebeu mais votos do que a japonesa Tepco, que opera, entre outras plantas, a usina de Fukushima, que vazou radiação após o tsunami de março de 2011.

Pouco se falou de um outro relatório, divulgado no mesmo dia em Davos pela organização Amigos da Terra, que traz mais informações sobre a atuação da empresa. O documento tem oito páginas, mas aqui vai um resumo das principais informações:

- Em 2008, a Vale declarou sua intenção de reduzir suas emissões de carbono. Ao invés disso, em 2010, emitiu 20 milhões de toneladas de CO², um aumento de um terço em relação aos níveis de 2007 (de 15 milhões de toneladas de CO²).

- Segundo o relatório, a empresa conta com representantes na delegação oficial do governo para as Nações Unidas e é uma das empresas que têm exercido pressão para minar (perdão pelo trocadilho) políticas globais de combate ao aquecimento global.

- O texto menciona também a Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), no Rio de Janeiro. Segundo a Amigos da Terra, a atividade no complexo de produção de aço elevou as emissões do estado em 76%. “O projeto comprometeu severamente o sustento de oito mil pescadores da baía de Sepetiba e a companhia foi denunciada por crimes ambientais”, disse Lucia Ortiz, da Amigos da Terra Internacional.

Mina de carvão Moatize, em Moçambique. (Foto: Divulgação)

- No caso da mina de carvão Moatize, em Moçambique, a mineradora brasileira é criticada por ter realocado 1.300 famílias em áreas com difícil acesso à água, energia e terras aráveis, em casas em mau estado de conservação. A mina de Moatize começou a ser explorada no ano passado e é considerada uma das maiores reservas de carvão do mundo. “Membros das comunidades locais foram ameaçados e perseguidos e estes relatos são apenas a ponta do iceberg”, afirmou Daniel Ribeiro, do escritório local da organização Amigos da Terra.

Para rebater o troféu indesejado e as informações da Amigos da Terra, a Vale criou uma página na internet. Nela, a empresa afirma que, ciente de que a atividade mineradora gera impacto, a empresa “atua de forma a controlá-los e reduzi-los”.

Também divulgou que investirá, este ano, a quantia de US$ 1,65 bilhão em ações socioambientais.

No site, podem ser encontradas informações correspondentes a algumas das críticas feitas no relatório da Amigos da Terra. Outras, porém, como a relacionada ao empreendimento no Rio de Janeiro, ficam sem resposta. A assessoria de imprensa da Vale afirmou que a empresa não se manifestará sobre o relatório.

Mina de carvão Moatize, em Moçambique. (Foto: Divulgação)

- No caso da mina de carvão Moatize, em Moçambique, a mineradora brasileira é criticada por ter realocado 1.300 famílias em áreas com difícil acesso à água, energia e terras aráveis, em casas em mau estado de conservação. A mina de Moatize começou a ser explorada no ano passado e é considerada uma das maiores reservas de carvão do mundo. “Membros das comunidades locais foram ameaçados e perseguidos e estes relatos são apenas a ponta do iceberg”, afirmou Daniel Ribeiro, do escritório local da organização Amigos da Terra.

Para rebater o troféu indesejado e as informações da Amigos da Terra, a Vale criou uma página na internet. Nela, a empresa afirma que, ciente de que a atividade mineradora gera impacto, a empresa “atua de forma a controlá-los e reduzi-los”.

Também divulgou que investirá, este ano, a quantia de US$ 1,65 bilhão em ações socioambientais.

No site, podem ser encontradas informações correspondentes a algumas das críticas feitas no relatório da Amigos da Terra. Outras, porém, como a relacionada ao empreendimento no Rio de Janeiro, ficam sem resposta. A assessoria de imprensa da Vale afirmou que a empresa não se manifestará sobre o relatório.

Fonte: Globo EmpresaVerde

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